Sylvio Lemgruber, diretor de coreografia do “Dança dos Famosos”, conta como são os bastidores do quadro, um dos maiores sucessos do “Domingão do Faustão”. Cuidando da atração desde o início, em 2005, ele revela que muitos famosos já quiseram sair da disputa.
“Várias vezes me procuraram querendo desistir. Eu vou no famoso ou famosa e converso, não me poupo de falar a verdade, principalmente para os professores, com quem sou muito duro. Às vezes um comentário imaturo deles, tipo ‘você nao consegue fazer a pegada, a culpa é sua’, faz a famosa sair da sala e me procurar dizendo ‘eu vou sair’. Eu converso, enxugo a lágrima, ela bebe uma aguinha e volta”, conta, sem citar nomes.
Ele relembra que o quadro, vencido por Felipe Simas na noite de domingo (11), era visto com receio há 11 anos. “Quando a gente começou, existia uma desconfiança muito grande. ‘Dança dos Famosos com gente que não dança? Isso não vai à frente’, diziam. Por não ter credibilidade, era difícil conseguir que os famosos acreditassem no projeto. O quadro foi crescendo, as pessoas começaram a se identificar e se tornou esse sucesso que é hoje”.
Lemgruber comemora – a final da 13ª edição do “Dança dos Famosos” marcou a maior audiência dos últimos seis anos – e fala o segredo do sucesso. “Colocamos gordinhos, baixinhos, altos, gente de mais ou menos idade e, quando o público vê que uma pessoa de 83 anos pode dançar, como o Stênio Garcia, ela se identifica e vê no quadro uma bandeira de salvação. Ela pensa: ‘se ele pode, por que eu não posso?’”.
A rotina a cada semana é puxada: os candidatos têm ensaios de duas horas às terças, quartas, quintas e sextas, mais uma hora no sábado. “Em 9 horas conseguimos montar um musical. Não é uma competição de dança de salão, então temos uma licença poética, uma margem muito grande para incluir movimentos diferentes que causem impressão de um show, se não, não tem Ibope. Eu só interfiro quando vejo algo muito grave. Geralmente digo a eles: divirtam-se!”.
Yahoo
16/12/2016
