SENADO FEDERAL – Vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, defende inovação e sustentabilidade na indústria brasileira durante audiência no Congresso.

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, participou de uma audiência no Congresso onde defendeu a necessidade de inovação e sustentabilidade ambiental da indústria brasileira. O encontro foi realizado para discutir o eixo econômico do Plano Plurianual (PPA) 2024-2027, na Comissão Mista de Orçamento (CMO). O PPA é um documento que serve como orientação para a elaboração dos orçamentos anuais e possui três eixos: social, econômico e institucional.

Durante sua participação, Alckmin solicitou aos parlamentares que votassem em quatro projetos de grande importância para a transição energética do país. Os projetos tratam da regulamentação da inserção do hidrogênio na matriz energética, dos combustíveis verdes, das normas do mercado regulado de carbono e do aproveitamento eólico em alto-mar.

O ministro destacou que o parque industrial brasileiro está defasado e lamentou que, nos últimos 40 anos, a participação da indústria no Produto Interno Bruto (PIB) tenha caído pela metade, passando de 22% para 11%.

Alckmin também ressaltou que o Brasil está no caminho certo ao adotar um câmbio competitivo, manter os juros em queda e estar prestes a aprovar uma reforma tributária. Ele afirmou que, embora não seja possível reduzir os impostos no momento, a reforma tributária irá melhorar a eficiência econômica ao desonerar os investimentos e as exportações.

Durante a audiência, foram discutidos outros temas relacionados à economia verde e às metas de sustentabilidade ambiental. A secretária do Ministério do Planejamento e Orçamento, Leany Lemos, informou que no PPA em análise no Congresso, o eixo econômico está voltado para a neoindustrialização e a economia verde, com 35 dos 88 programas. A questão mais votada pela população na consulta pública que ajudou na elaboração do PPA foi o enfrentamento às emergências climáticas.

Representantes dos ministérios do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Regional também apresentaram metas e programas relacionados à redução de emissões de gases de efeito estufa, ao combate ao desmatamento da Amazônia e à revitalização de bacias hidrográficas.

Na audiência, os representantes dos trabalhadores apoiaram o PPA, mas demonstraram preocupação com a possível perda de empregos decorrente das inovações e da transição energética da economia. O economista Nelson Karam, do Dieese, sugeriu metas de qualificação profissional para que os trabalhadores se adequem às novas exigências do mercado.

É importante ressaltar que a audiência não teve como objetivo apenas discutir o plano, mas também possibilitar a participação da sociedade no processo de elaboração do PPA. O deputado Marcelo Queiroz questionou a alocação de recursos para a política de castração de cães e gatos, que recebeu grande apoio da população na consulta pública. A secretária do Ministério do Meio Ambiente explicou que o Congresso poderá revisar esse ponto, mas ressaltou que o ministério possui recursos limitados para ações de qualidade ambiental.

No geral, a audiência mostrou a importância da inovação, da sustentabilidade ambiental e do planejamento estratégico para o desenvolvimento econômico do Brasil. O PPA 2024-2027 busca alinhar os objetivos do país com as demandas da sociedade e com os desafios do meio ambiente.

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