A sessão foi um requerimento do senador Randolfe Rodrigues (S/Partido-AP), que também é autor de um dos artigos presentes no livro “Tempo de Chumbo”, produzido pelo canal de jornalismo MyNews. Além do senador, a obra conta com textos de outros políticos e acadêmicos, como o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.
Um dos livros lançados, intitulado “A Renúncia de Jânio”, teve uma reedição apresentada durante a sessão. Neste livro, o falecido jornalista Carlos Castelo Branco, que atuava como secretário de imprensa de Quadros, relembra os fatos que antecederam o regime militar. A nova versão incluirá uma matéria publicada em 2021 pela Agência Senado, reforçando os acontecimentos históricos narrados na obra.
A data da sessão de homenagem, 2 de abril, remete ao momento em que o Congresso Nacional declarou vago o cargo de presidente do Brasil, ocupado na época por João Goulart e confiscado pela ditadura militar. Goulart, que era vice-presidente eleito de Jânio Quadros, assumiu o cargo após a renúncia deste. A resolução simbolicamente declarando nula a vacância do cargo, proposta por Randolfe e pelo então senador Pedro Simon, será incluída na reedição da obra de Carlos Castelo Branco.
A sessão especial foi marcada por reflexões sobre a democracia brasileira e a importância de se preservar a memória dos períodos históricos vivenciados pelo país. Os senadores destacaram a importância de resgatar e revisitar esses momentos, para que erros do passado não se repitam no futuro.
