Um dos senadores presentes na visita, Mauro Carvalho (União-MT), afirmou que o objetivo era destacar a independência da comunidade na produção sustentável de milho e soja, ocupando uma quantidade reduzida de terra. Segundo ele, esse modelo de desenvolvimento deve ser adotado em outras comunidades indígenas, inclusive as isoladas. Carvalho sugeriu que as lideranças da Haleti-Parecis façam um intercâmbio com lideranças de outros estados amazônicos, a fim de expandir esse modelo bem-sucedido.
O presidente da CPI, senador Plínio Valério (PSDB-AM), concordou com Carvalho e ressaltou que esses indígenas representam um exemplo de sucesso. Ele afirmou que é preciso espalhar o conhecimento e o bom exemplo das comunidades do Chapadão dos Parecis para todas as lideranças indígenas do Amazonas e do território nacional, que, segundo Valério, são dominados por organizações não governamentais que recebem milhões de reais. O senador criticou o que chamou de “perseguição de órgãos ambientais” e do governo aos indígenas.
Durante a visita, algumas lideranças da comunidade compartilharam suas experiências como produtores agrícolas. Genilson André Kezomae, liderança empresarial local, destacou que os parecis conseguem caminhar sem o apoio das ONGs desde 1979 e enfatizou a importância de paz e harmonia para o desenvolvimento da região. Arnaldo Zunizakae, presidente da Cooperativa Coopirahama, destacou a autonomia do índio, que permite que eles tenham acesso a serviços como farmácias e restaurantes, sem depender de doações.
Valério aproveitou a ocasião para defender que os empresários locais tenham acesso a linhas de crédito e pediu licenciamento ambiental para quatro cooperativas locais, a fim de permitir o cultivo de transgênicos em suas terras, o que atualmente é proibido por lei.
Além dos senadores da CPI, Márcio Bittar (União-AC), Styvenson Valentim (Podemos-RN), Jayme Campos (União-MT) e Margareth Buzetti (PSD-MT), o vice-governador do Mato Grosso, Otaviano Pivetta, também acompanharam a visita à comunidade Haleti-Parecis.
Essa visita evidenciou a importância de promover o desenvolvimento sustentável em comunidades indígenas, buscando a independência e a autonomia por meio da agricultura e da produção de alimentos.
