Durante o encontro, o senador Randolfe Rodrigues (AP), membro da CPI da Pandemia, relatou que Gonet indicou que irá analisar as conclusões dos seis meses de investigações conduzidas pela Comissão Parlamentar de Inquérito.
De acordo com Randolfe, Gonet considerou o trabalho da CPI digno de admiração e afirmou que ele, no âmbito da PGR, será prestigiado. O senador ressaltou a importância de garantir que não haja impunidade para as mais de 700 mil vítimas brasileiras que perderam suas vidas devido à pandemia.
Por outro lado, o senador Marcos Rogério (PL-RO), também membro da CPI, criticou a iniciativa dos colegas de buscar o desarquivamento dos pedidos de indiciamento. Marcos Rogério alegou que Augusto Aras arquivou os pedidos com base na falta de provas e que não há motivos para reabrir investigações já encerradas.
Dos onze pedidos de ação penal feitos pela CPI da Pandemia, Augusto Aras rejeitou dez, sendo que quatro foram arquivados de maneira definitiva. Apenas um dos pedidos está em andamento na Justiça Federal do Amazonas, enquanto os outros seis estão em processo de recurso no Supremo Tribunal Federal. Após seis meses de investigações, a CPI aprovou o relatório elaborado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), contendo mais de mil páginas com pedidos de indiciamentos e sugestões de projetos de lei.
A reunião entre os senadores e o procurador-geral da República evidencia a continuidade das discussões e investigações sobre a conduta de autoridades e agentes públicos durante a gestão da crise sanitária no Brasil. O desfecho dessas solicitações de indiciamento ainda permanece incerto, cabendo agora à PGR analisar os argumentos apresentados e tomar as devidas decisões em relação aos casos em questão.