A reunião, liderada pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS), chefe da representação brasileira no Parlasul, foi marcada por elogios à disposição da EFTA em avançar nas negociações com o Mercosul. Nelsinho ressaltou a importância de concretizar o acordo para beneficiar ambos os grupos econômicos.
A EFTA, criada em 1960, reúne quatro países europeus com PIBs significativos e já possui 29 acordos comerciais ao redor do mundo. Desde 2017, a EFTA negocia um acordo com o Mercosul que abrange o comércio de bens e serviços entre os blocos.
O Mercosul, fundado em 1991, é composto por cinco países sul-americanos, sendo que a Venezuela está suspensa desde 2017. A Bolívia está em processo de adesão ao bloco.
As negociações entre Mercosul e EFTA avançaram em 2019 com a assinatura de um pré-acordo, que ainda está em fase de negociação e prevê benefícios tributários para as exportações do Mercosul, especialmente nos setores industrial e pesqueiro. Em contrapartida, haverá facilitações para importações vindas dos setores industrial e agrícola dos países da EFTA.
Durante a reunião, os parlamentares brasileiros dialogaram com deputados da Suíça, que manifestaram apoio à finalização do acordo. Thomas Aeschi, chefe da delegação parlamentar da EFTA, destacou a importância das negociações e informou que a Suíça realizará um referendo para ratificar o acordo quando finalizado.
Representantes da Noruega, Islândia e Liechtenstein também expressaram apoio ao acordo, ressaltando possíveis benefícios para o comércio e parcerias econômicas entre os países participantes.
No âmbito brasileiro, os parlamentares presentes destacaram a importância do acordo para a economia nacional, com projeções de crescimento do PIB e das exportações. Além disso, enfatizaram a preocupação com questões ambientais e a sustentabilidade na negociação dos termos do acordo.
A próxima rodada de negociações está prevista para acontecer em 2024 na Argentina. A conclusão do acordo entre Mercosul e EFTA pode representar um avanço significativo nas relações comerciais entre os blocos e abrir novas oportunidades para o mercado brasileiro.
