Durante o pronunciamento, Lucas Barreto ressaltou que a criação do território federal trouxe diversas transformações sociais, econômicas e culturais para o povo amapaense. Ele afirmou que não há nenhum outro fenômeno na história do Amapá que possa ser comparado à transformação proporcionada por essa mudança constitucional.
Entre as transformações apontadas pelo senador, ele destacou a transferência da capital do território federal da cidade do Amapá para Macapá em plena Segunda Guerra Mundial. Além disso, Lucas Barreto mencionou o grande número de obras e projetos de desenvolvimento que foram realizados, como estradas, escolas, hospitais, prédios administrativos, praças públicas, calçamentos e projetos habitacionais.
Durante o pronunciamento, o senador também prestou homenagem a ex-representantes do Amapá, como os ex-governadores Aníbal Barcelos e Jorge Nova da Costa, além do ex-presidente da República e do Senado, José Sarney, que foi eleito senador pelo estado por três vezes.
No entanto, o discurso do senador não se resumiu apenas às comemorações pelos 80 anos do território federal do Amapá. Lucas Barreto aproveitou a oportunidade para criticar o reajuste de 44,41% autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na tarifa de energia do estado. Segundo o senador, esse aumento vai impactar negativamente os consumidores e representa mais uma investida da empresa contra os amapaenses.
O senador ressaltou que o aumento proposto vai contra os interesses da população e desconsidera as desigualdades existentes entre as regiões brasileiras. Lucas Barreto destacou que o Amapá é o segundo maior produtor de energia da Amazônia, mas corre o risco de ter a tarifa de energia mais alta do Brasil. Ele afirmou que é preciso combater esse reajuste proposto, iniciando uma luta junto à Aneel e outros órgãos envolvidos, inclusive buscando apoio do Judiciário, se necessário.
Lucas Barreto defendeu que é preciso assegurar o direito previsto na Lei de Concessões Públicas, que prevê a prestação de serviço adequado e tarifas acessíveis a todos os usuários. Ele concluiu o pronunciamento afirmando que é necessário tomar medidas efetivas para combater mais esse abuso e garantir o direito do povo amapaense.
