Durante seu discurso, o parlamentar questionou a validade das políticas de cotas baseadas em critérios raciais e de gênero, argumentando que a meritocracia propõe que o acesso a cargos e recursos deve ser baseado no mérito individual. Para ele, é essencial que todos tenham as mesmas oportunidades para que a meritocracia funcione de maneira justa, o que nem sempre ocorre no Brasil, especialmente no ensino público.
Seif também levantou a preocupação de que as cotas raciais possam acabar inferiorizando as minorias, defendendo as cotas sociais como uma alternativa mais justa. Ele destacou que a necessidade econômica e social deve ser o critério principal para a concessão de oportunidades, independente da cor da pele, argumentando que não existem apenas pessoas negras em situação de pobreza e que a cota social deve beneficiar todos que tiverem menos oportunidades por questões econômicas.
Além disso, o senador criticou a proposta de cotas para pessoas trans, afirmando que critérios subjetivos, como identidade de gênero, não devem ser utilizados para determinar o acesso a cargos e oportunidades. Para Seif, é fundamental que todos sejam tratados igualmente perante a lei, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.
Com sua fala contundente, o senador Jorge Seif levantou importantes questões sobre as políticas de cotas no Brasil, reforçando o debate sobre a igualdade de oportunidades e a justiça social. A discussão segue em pauta no Congresso Nacional, com diferentes posições sendo apresentadas por parlamentares de diversos partidos.