Em um comunicado divulgado à imprensa na segunda-feira (25), a defesa de Bolsonaro confirmou que o ex-presidente passou dois dias hospedado na embaixada, a convite, para manter contatos com autoridades do país. Segundo os advogados, qualquer outra interpretação desse evento seria pura ficção.
O fato de Bolsonaro ter se hospedado em uma embaixada, território considerado inviolável pela Convenção de Viena de 1961, gerou questionamentos. Isso porque, enquanto estivesse na embaixada, ele não poderia ser preso pelas autoridades brasileiras sem o consentimento do país ao qual a embaixada pertence.
Rogério Carvalho ressaltou a importância de aprofundar as investigações sobre o caso. Ele destacou a necessidade de o Senado apurar as circunstâncias da hospedagem de Bolsonaro e a possibilidade de estar sendo visto como refugiado ou exilado devido a algum crime cometido no Brasil.
Como parte de suas funções de fiscalização, os senadores podem convocar o embaixador húngaro Miklós Halmai para prestar esclarecimentos sobre a hospedagem de Bolsonaro. As imagens de câmeras de segurança que revelaram a ida de Bolsonaro à embaixada foram divulgadas pelo jornal norte-americano The New York Times.
Além disso, Rogério Carvalho afirmou que as investigações em andamento da Polícia Federal e da CPI do 8 de Janeiro estão caminhando para apontar Bolsonaro como mentor de uma tentativa de golpe no Brasil após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva em 2022. Ele ressaltou a importância de preservar a democracia e punir aqueles que atentam contra o Estado democrático de direito para garantir instituições fortes e capazes de resistir a futuros ataques.
Diante desses acontecimentos, fica evidente a necessidade de esclarecimento e investigação aprofundada para garantir a transparência e a integridade das instituições democráticas do país.