SENADO FEDERAL – Senado aprova PEC que veta decisões monocráticas que suspendam atos dos presidentes dos demais Poderes, para análise na Câmara dos Deputados.

O Senado Federal aprovou, em dois turnos, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 8/2021, que visa proibir decisões individuais que suspendam a eficácia de leis ou atos dos presidentes dos demais Poderes. O autor do projeto, o senador Oriovisto Guimarães, do partido Podemos, minimizou a decisão do relator, Esperidião Amin, do Partido Progressistas, de retirar da proposta o prazo de seis meses para a concessão do pedido de vista, quando um ministro ou desembargador solicita mais tempo para a análise de uma ação, o que resulta na suspensão do julgamento até a sua devolução.

Guimarães lembrou que o Supremo Tribunal Federal (STF) já limitou esse prazo em 90 dias, mas não de forma coletiva. Em contrapartida, o senador Humberto Costa, do Partido dos Trabalhadores (PT) de Pernambuco, avalia que o Senado invadiu a competência do Poder Judiciário ao definir regras de funcionamento.

A PEC recebeu sinal verde do Senado e agora segue para análise na Câmara dos Deputados, onde será discutida e votada pelos parlamentares. A proposta apresentada por Guimarães busca estabelecer limites às decisões monocráticas que tenham impacto na eficácia de leis ou atos dos presidentes dos demais Poderes, visando promover um equilíbrio entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

A discussão em torno da proposta gerou divisões entre os parlamentares, com opiniões divergentes quanto à competência do Senado em estabelecer regras para o Judiciário. Enquanto os defensores da PEC argumentam que é necessário estabelecer limites e garantir a harmonia entre os Poderes, os opositores alegam que a atuação do Senado representa uma interferência indevida nos assuntos do Poder Judiciário.

Independentemente das opiniões divergentes, a PEC 8/2021 representa um tema relevante e de grande interesse para o funcionamento e equilíbrio das instituições democráticas do país. À medida que a proposta avança para a Câmara dos Deputados, será fundamental acompanhar como os parlamentares vão debater e decidir sobre a questão, tendo em vista as potenciais repercussões no sistema político e jurídico brasileiro.

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