O PL 7/2024 também estabelece que as unidades de saúde deverão oferecer acompanhamento psicológico à gestante e ao pai desde o momento da internação hospitalar, bem como no período pós-operatório. Nelsinho Trad ressalta a importância de se dar uma atenção especial à saúde mental das gestantes após tais incidentes, uma vez que é comum que elas se sintam tomadas por sentimentos de culpa e fracasso, questionando se teriam algum tipo de “defeito” ou se seus corpos não estariam preparados para gerar uma vida.
O senador destaca ainda que a perda gestacional pode ocorrer de forma precoce, com até 12 semanas, ou tardia, quando o feto tem até 22 semanas ou pesa menos que 500 gramas. A partir dessa idade gestacional e acima desse peso, a perda gestacional é classificada como óbito fetal. Nesse sentido, Nelsinho Trad argumenta que é inaceitável que gestantes que perderam seus bebês fiquem na mesma enfermaria de mulheres que acabaram de dar à luz, pois isso pode criar um quadro de brutal choque de realidades.
O projeto de lei do senador, que também é médico por formação, tem como objetivo oferecer um suporte mais adequado para as mulheres que passam por essa situação de perda gestacional. A proposta busca garantir que essas mulheres tenham um espaço separado e um suporte psicológico desde o momento da internação até o pós-operatório, reconhecendo a importância da saúde mental nesse momento difícil.
No entanto, é importante destacar que o PL 7/2024 ainda precisa tramitar pelo Congresso Nacional e ser aprovado tanto no Senado quanto na Câmara dos Deputados para se tornar efetivamente uma lei. A partir daí, caberá às instituições de saúde, públicas e privadas, implementarem as mudanças propostas pela legislação.