Para Kajuru, que possui uma extensa experiência como apresentador e comentarista esportivo, é fundamental que as pessoas com deficiência auditiva não sejam excluídas do desfrute proporcionado por eventos esportivos. O texto original previa a presença de um intérprete de Libras durante toda a transmissão dos jogos, porém, o relator optou por restringir essa exigência apenas para os momentos de abertura, intervalo e encerramento das transmissões, quando comentaristas fornecem detalhes sobre o jogo e realizam entrevistas com os jogadores.
Segundo o relatório de Flávio Arns, representantes da comunidade surda consultados pelo seu gabinete alegaram que a interpretação simultânea dos jogos poderia mais atrapalhar do que promover a inclusão, uma vez que os surdos têm plena capacidade de entender o que está ocorrendo na transmissão sem a interpretação. Com a aprovação na CDH, o projeto seguirá para análise na Comissão de Educação e Cultura (CE) para uma decisão final.
Além do projeto sobre a presença de intérprete de Libras, a pauta da CDH também inclui uma proposta que proíbe homenagens e comemorações relacionadas aos agentes públicos responsáveis por violações de direitos humanos, assim como veda a utilização de bens públicos para exaltar o golpe militar de 1964. Essa iniciativa, do senador Fabiano Contarato (PT-ES), é apoiada pelo relator, senador Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP).
O presidente da comissão, senador Paulo Paim (PT-RS), ainda incluiu na pauta dois pedidos de audiência pública. Um deles é para debater as reivindicações dos servidores públicos e o outro para discutir o piso nacional do magistério. Esses temas prometem gerar debates acalorados durante a reunião agendada para esta quarta-feira.
