Nascido em Maceió em 1946, Pedro Jorge ingressou no Ministério Público de Pernambuco aos 28 anos. Sua trajetória foi marcada por coragem e determinação, especialmente quando, em 1982, denunciou autoridades envolvidas em um esquema de corrupção que ficou conhecido como Escândalo da Mandioca. Três meses após a denúncia, o ex-procurador foi brutalmente assassinado em Olinda, com tiros à queima-roupa.
O crime chocou o país e provocou um amplo debate sobre a importância do Ministério Público na sociedade e a necessidade de garantir a independência dos membros da instituição para atuarem de forma livre de pressões. O legado de Pedro Jorge se mantém vivo como um símbolo da luta contra a corrupção no Brasil, inspirando a criação de mecanismos mais robustos para combater esse mal que assola a sociedade.
O Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, onde o nome de Pedro Jorge será inscrito, está localizado no memorial cívico Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília. Este livro é destinado a homenagear brasileiros e brasileiras que tenham se dedicado com heroísmo à defesa e construção do país, em conformidade com a Lei 11.597, de 2007.
A iniciativa de incluir o nome de Pedro Jorge de Melo e Silva nesse importante registro nacional é uma forma de reconhecimento e valorização do seu legado de integridade, coragem e compromisso com a justiça. A aprovação do PL pela Comissão de Educação do Senado representa um passo significativo para eternizar a memória desse herói brasileiro e destacar sua contribuição para a sociedade.