SENADO FEDERAL – Kajuru solicita alterações no sistema de pagamento de cartão de crédito.

O senador Jorge Kajuru, do partido PSB-GO, fez duras críticas à modalidade rotativa do cartão de crédito em um pronunciamento realizado no plenário nesta quarta-feira (23). De acordo com o parlamentar, o rotativo revela um “grande poder incomum” por parte das instituições financeiras brasileiras, que estariam lucrando mais do que o crime organizado.

Kajuru baseou suas declarações em dados do Banco Central, os quais apontam que os brasileiros acumularam mais de R$ 77 bilhões em dívidas no rotativo do cartão de crédito em junho. Esse valor é mais do que o dobro do montante registrado em junho de 2021, que era de R$ 38 bilhões. Além disso, o senador ressaltou que a inadimplência nessa modalidade aumentou de 27,65% para 49,5% no mesmo período.

É importante destacar que alguns especialistas argumentam que o consumidor entra nessa ciranda do rotativo devido aos parcelamentos frequentes, o que aumenta a probabilidade de ele não conseguir quitar toda a fatura. Outros atribuem a responsabilidade também aos bancos, os quais estariam concedendo crédito acima da capacidade de pagamento dos clientes. Por outro lado, as instituições financeiras consideram que a compra a prazo sem juros é a vilã nesse cenário, pois ela incentiva o consumidor a gastar além do seu orçamento e, consequentemente, a entrar no crédito rotativo.

Diante dessa situação preocupante, o senador informou que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, garantiu que haverá mudanças em breve nessa modalidade de cartão de crédito. Além disso, Kajuru sugeriu que o Conselho Monetário Nacional (CMN) se manifeste sobre o assunto, demonstrando a necessidade de que medidas sejam tomadas para combater o problema.

O cartão de crédito rotativo continua sendo uma preocupação para a população brasileira, uma vez que as dívidas nessa modalidade só aumentam. As instituições financeiras possuem um grande poder nesse mercado e é fundamental que sejam estabelecidas regulações mais rígidas para proteger os consumidores. Resta aguardar as ações que serão tomadas pelo Banco Central e pelo CMN para solucionar essa questão e evitar que os brasileiros sigam acumulando dívidas nesse sistema.

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