A convocação da diretora-presidente do Ipê foi feita por requerimento do senador Plínio Valério (PSDB-AM), presidente da CPI. Segundo o requerimento, o senador pretende esclarecer a atuação da ONG “como condutor do processo de criação de Unidades de Conservação no Baixo Rio Negro, inclusive como organizador de outras ONGs participantes”.
O Ipê foi uma das partes envolvidas na criação do Mosaico de Áreas Protegidas no baixo Rio Negro, iniciada em 2006. Esse projeto consiste em uma gestão integrada de várias unidades de conservação próximas, visando a compatibilização do desenvolvimento sustentável na região. A criação desse instrumento de gestão é uma obrigação do governo, de acordo com a lei que regulamenta o direito ao meio ambiente equilibrado (Lei 9.985/2000).
Além disso, a ONG também foi responsável por contribuir para a recategorização do Parque Estadual Rio Negro Setor Sul em 2014, transformando-o em Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Puranga Conquista, que abriga populações tradicionais.
Após o depoimento de Suzana Machado Padua, o colegiado da CPI votará um requerimento de Plínio Valério para que o presidente da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn), Marivelton Rodrigues Barroso, preste informações sobre os recursos oferecidos pela ONG neste ano para financiar projetos nas comunidades indígenas.
Também estão na pauta requerimentos do senador Marcio Bittar (União-AC), relator da CPI, para ouvir o diretor técnico do Instituto Arayara de Educação e Cultura, Juliano Bueno de Araújo, e o diretor na América Latina da ONG 350, Ilan Zugman. O relator também solicita informações sobre a pasta do secretário especial para o Programa de Parcerias e Investimentos do governo, Marcus Cavalcanti.
A reunião está prevista para acontecer no plenário 6 da Ala Senador Nilo Coelho, no anexo II do Senado Federal.
