SENADO FEDERAL – A Comissão de Relações Exteriores aprova indicação de nome para a embaixada nas Filipinas.

Gilberto Fonseca Guimarães de Moura é aprovado para o cargo de embaixador do Brasil nas Filipinas

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) aprovou nesta quinta-feira (17) o nome de Gilberto Fonseca Guimarães de Moura para o cargo de embaixador do Brasil nas Filipinas. Além disso, ele também será responsável pelas embaixadas em Palau, Micronésia e Ilhas Marshall.

O relatório do senador Esperidião Amin (PP-SC) obteve 12 votos favoráveis e nenhum contrário, seguindo agora para decisão final no Plenário.

A preocupação com os conflitos no mar do Sul da China

O presidente da CRE, senador Renan Calheiros (MDB-AL), questionou Gilberto de Moura sobre o posicionamento da diplomacia brasileira em relação aos conflitos envolvendo o mar do Sul da China. Há preocupação das Filipinas em relação ao controle dessa área marítima, que possui cerca de 3,5 milhões de quilômetros quadrados e é limitada por diversos países.

O diplomata respondeu que é do interesse de todos resguardar a soberania e manter um código de conduta. Ele destacou a importância desses mares para o Brasil, já que grande parte da exportação brasileira navega por essa região. Segundo ele, quanto mais tranquila e fluida for a conectividade, melhor para todos, pois conflitos não interessam a ninguém.

Metas prioritárias do novo embaixador

Gilberto de Moura nasceu no Rio de Janeiro em 1952 e possui formação em direito e história. Ele ingressou no Instituto Rio Branco em 1974 e foi embaixador em Bangkok, na Tailândia, de 2014 a 2017. Segundo o relator Esperidião Amin, caso seu nome seja confirmado pelo Senado, o embaixador terá metas prioritárias, como incrementar e diversificar o comércio e acompanhar a implementação do sistema de certificação eletrônica para produtos de origem animal e mineral.

Amin elogiou o currículo do indicado e afirmou que o Palácio do Itamaraty tem obtido avanços importantes em um mundo cada vez mais globalizado.

Relações diplomáticas entre Brasil e Filipinas

Filipinas é uma república presidencialista unitária bicameral no sudeste asiático, formada por 7.641 ilhas. Com uma população de aproximadamente 112 milhões de pessoas, sua economia está baseada no turismo, produção agrícola e industrialização de alimentos.

Segundo Amin, Brasil e Filipinas possuem relações diplomáticas desde 1946, e já firmaram acordos bilaterais sobre dispensa parcial de vistos, dupla tributação, treinamento de diplomatas, consultas políticas e defesa. Além disso, estão em negociação acordos nas áreas de agricultura, turismo, matéria penal e combate ao tráfico e abuso de drogas.

Palau: turismo como principal atividade econômica

Palau é um arquipélago no Pacífico, ao norte da linha do Equador e a leste das Filipinas. Com cerca de 22 mil habitantes, é uma república presidencialista cuja principal atividade econômica é o turismo. O país tem um dos maiores padrões de vida entre as nações insulares do Pacífico, em parte graças aos aportes financeiros dos EUA em decorrência do pacto de livre associação.

Micronésia e Ilhas Marshall: dependência dos Estados Unidos

Os Estados Federados da Micronésia compõem-se de 607 ilhas e ilhotas situadas no Pacífico Norte, a leste das Filipinas. Com cerca de 115 mil habitantes, a federação é uma república presidencialista unicameral, cuja economia é baseada na agricultura e pesca de subsistência, dependendo, em grande parte, dos aportes financeiros provenientes dos Estados Unidos.

Já as Ilhas Marshall, segundo maior parceiro comercial do Brasil na Oceania devido à exportação de petróleo, é um país composto por 29 atóis e 5 ilhas. O país desfruta de livre associação com os EUA, que são responsáveis pela sua segurança e defesa.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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