Jornalista Jullie Dutra se torna a primeira vencedora do quadro “Quem quer ser um milionário” do Domingão com Huck.

A história da camisa 10 da seleção brasileira, eternizada por Pelé, voltou a ganhar destaque neste domingo. A jornalista Jullie Dutra se tornou a primeira vencedora do quadro “Quem quer ser um milionário”, do programa Domingão com Huck, da TV Globo. A pergunta decisiva, que valia R$ 1 milhão, era justamente sobre a numeração usada pelo Rei na Copa de 1958, onde ele consagrou o número e o tornou universalmente conhecido como o do craque do time. O que poucos sabem, contudo, é que há uma grande colaboração do acaso neste casamento hoje visto como perfeito.

Quando disputou a Copa da Suécia, Pelé era visto como a maior promessa do futebol brasileiro, mas ainda estava longe de ser considerado o Rei do Futebol. Tanto que foi reserva nas duas primeiras partidas da seleção, contra Áustria (vitória por 3 a 0) e Inglaterra (empate em 0 a 0). A explicação mais aceita para o fato de Pelé ter recebido a camisa 10 é que a Confederação Brasileira de Desportos (CBD, antecessora da CBF) esqueceu de enviar para a Fifa a lista com a numeração dos atletas que disputariam o Mundial da Suécia.

Assim, o uruguaio Lorenzo Villizio, membro do comitê organizador daquela Copa, estipulou a numeração por conta própria. Por conhecer, ainda que com algumas limitações, os jogadores da seleção brasileira, o dirigente que representava a América do Sul na Fifa disse ser capaz de atribuir os números. Foi então que ele deu a 3 para o goleiro Gilmar, a 6 para o meia Didi e a 9 para o zagueiro Zózimo, mas acabou ficando conhecido por ter atribuído a 10 para Pelé. O resto é história.

A curiosidade fica por conta do fato de que no Sul-Americano de 1957 a camisa 10 foi usada por Didi, que também a vestiria nas Eliminatórias para a Copa de 1958 e em amistosos naquele mesmo ano. Na Copa Roca, contra a Argentina, Pelé estreou pela seleção com a camisa 13. Mas no jogo seguinte, no Pacaembu, já usaria a 8. Na Copa de 1958, quem começou usando a camisa 10 foi Dida, estrela do Flamengo. Na competição, Dida iniciou como titular, mas Villizio já prenunciava o futuro e decretou que ele usaria a 21, enquanto o garoto do Santos herdaria a 10. Assim, a história da camisa 10 da seleção brasileira teve seu início por acaso, mas foi Pelé quem a tornou célebre.

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