De acordo com Cristina Fróes Reis, subsecretária de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, a implementação dessas políticas públicas tem como objetivo não apenas a justiça ambiental climática, mas também a reestruturação de todo o sistema produtivo brasileiro, com a criação de empregos de qualidade, geração de renda e oportunidades de negócios. Nesse sentido, a estratégia visa reduzir as desigualdades existentes no país, sejam elas regionais, de gênero, étnicas ou geracionais.
O governo federal pretende atuar como facilitador para incentivar o Sistema Financeiro Nacional a conceder incentivos às atividades econômicas sustentáveis, impulsionando novos investimentos e promovendo a migração para formas produtivas mais sustentáveis. Além disso, políticas como a regulamentação do mercado de carbono e a taxonomia sustentável brasileira estão entre as prioridades do governo, visando precificar as emissões de gases do efeito estufa e classificar as atividades econômicas de acordo com critérios de sustentabilidade.
Com a previsão de implementação total das políticas até 2026, o governo espera gerar impactos positivos significativos em termos de investimentos no país, geração de emprego e crescimento econômico. Apesar disso, o desafio de universalização do saneamento permanece, sendo estimado um investimento necessário de até R$ 700 bilhões para alcançar a meta até 2033.
Em um momento crucial da história brasileira, o país se encontra diante de uma oportunidade única para se destacar globalmente e aproveitar seus recursos ambientais para reduzir as desigualdades sociais existentes. Com a implementação do Plano de Transformação Ecológica, o Brasil poderá não só atingir as metas de desenvolvimento sustentável estabelecidas pela ONU, mas também impactar positivamente sua economia e sociedade.