Sua vitória veio com uma emocionante execução do primeiro movimento do Concerto para violino e orquestra, em Sol Menor, op.80, do compositor inglês de ascendência africana Samuel Coleridge-Taylor (1875-1912).
Nathan Amaral é um exemplo de superação e talento. Originário do morro da Mangueira, o violinista foi descoberto aos 11 anos no Centro Cultural Cartola, onde recebeu aulas de musicalização e violino da professora Noemi Uzeda. Mesmo sem qualquer contato anterior com música clássica, o jovem demonstrou um talento natural para o instrumento.
Após ser encaminhado para aulas com o renomado Bernardo Bessler, Nathan continuou seus estudos musicais e passou em primeiro lugar no curso de violino da UniRio aos 17 anos. Sua dedicação e talento o levaram a estudar na Universidade Mozarteum de Salzburgo, na Áustria, e no Conservatório de New England, nos Estados Unidos, onde teve a orientação de grandes nomes da música clássica como Emmanuele Baldini e Donald Wallerstein.
Atualmente, Nathan reside em Berlim, onde já se apresentou em locais renomados como a sala da Filarmonica local, o Wigmore Hall em Londres, e a Grande Sala do Mozarteum austríaco. E antes mesmo de ser reconhecido no Concurso Sphinx 2024, o jovem talento já havia gravado seu primeiro álbum, que será lançado neste ano pelo prestigioso selo inglês Decca.
A mãe de Nathan, Roberta Amaral, que inicialmente sentia a necessidade de vê-lo com uma profissão desde cedo, agora se orgulha do sucesso do filho e de sua dedicação à música clássica. Com a recente vitória no concurso, o violinista brasileiro tem um futuro promissor como solista, encantando plateias em todo o mundo com sua extraordinária habilidade no violino.