Vice-presidente do STF não analisará ação do partido Novo contra MP da desoneração da folha de pagamento

O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, tomou uma decisão importante nesta sexta-feira (12) ao optar por não analisar a ação protocolada pelo partido Novo contra a medida provisória (MP) editada pelo governo federal sobre a desoneração da folha de pagamento de 17 setores produtivos. A justificativa de Fachin é de que não há urgência no julgamento do caso, uma vez que a MP só entrará em vigor em abril deste ano, o que indica a necessidade de esperar um pouco mais para avaliar a situação. Com isso, a ação será enviada ao relator do caso, ministro Cristiano Zanin, a partir de 1° de fevereiro, quando os trabalhos serão retomados na Corte.

Fachin destacou que, no âmbito jurisdicional, a urgência em demanda apresentada durante o recesso do tribunal vai de encontro com o princípio constitucional da anterioridade nonagesimal tributária. Ou seja, a decisão de Fachin está baseada no fato de que não é justificável analisar a questão de forma urgente, considerando o momento em que a medida provisória foi adotada e a vigência da mesma.

O partido Novo alegou que a MP tenta anular a decisão final do Congresso que derrubou o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao projeto de lei que estendeu a desoneração dos setores até 2027. Vale ressaltar que, no final de janeiro, o Congresso promulgou a lei que prorroga a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia. Estes setores beneficiados deixam de pagar cerca de 20% da folha de pagamento dos trabalhadores para a Previdência Social e contribuem com alíquota entre 1% e 4,5%.

Com a decisão de Fachin, caberá agora ao relator do caso, ministro Cristiano Zanin, analisar a ação e propor os encaminhamentos necessários. A expectativa é de que, a partir de fevereiro, o tema volte a ser discutido dentro do STF, garantindo o devido processo legal e a análise aprofundada da matéria. Enquanto isso, o debate sobre a desoneração da folha de pagamento dos setores produtivos permanece em pauta, aguardando uma definição mais concreta sobre o assunto.

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