Vice-líder do Hamas faz declaração sobre reféns e Israel encerra negociações no Catar, revela New York Times

Membro do Hamas afirma que grupo não concordará com libertações adicionais de reféns até a obtenção de um cessar-fogo completo

O vice-chefe do braço político do Hamas, Saleh al-Arouri, afirmou em entrevista à TV Al Jazeera que o grupo fundamentalista islâmico não concordará com libertações adicionais de reféns até que haja um cessar-fogo completo e que todos os presos palestinos sejam soltos. Al-Arouri foi enfático, afirmando que a decisão é final e que não haverá concessões por parte do Hamas.

Essa afirmação surge em meio ao fracasso das negociações para um novo acordo de trégua, que levou os mediadores de Israel a deixarem o Catar. O jornal New York Times também revelou que Israel conhecia o plano de ataque do Hamas há mais de um ano, o que adiciona complexidade ao conflito em curso.

Segundo al-Arouri, o grupo ainda mantém como reféns soldados e homens israelenses que já serviram previamente no Exército. No entanto, Israel afirma que o acordo alcançado em 21 de novembro previa a libertação de 15 mulheres e duas crianças como parte da trégua suspensa na última sexta-feira. Há uma contradição entre as partes em relação ao número e à situação das mulheres detidas pelo Hamas.

Enquanto isso, Israel continua seus ataques contra Gaza, com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reiterando que a guerra contra o Hamas continuará até que todos os objetivos sejam alcançados. Esses objetivos incluem a libertação dos reféns israelenses e a eliminação do movimento islamista palestino no poder em Gaza. O Exército israelense informou que desde o fim da trégua, atacou mais de 400 alvos em Gaza, resultando em dezenas de mortes e centenas de feridos, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

Esta retomada da escalada de violência resultou em manifestações em várias cidades de Israel pedindo pela libertação dos reféns remanescentes, enquanto a situação humanitária em Gaza continua a se deteriorar, com o necrotério do principal hospital em colapso. A população civil, mais uma vez, paga o preço mais alto neste conflito entre Israel e Hamas. A busca por uma solução pacífica e duradoura parece cada vez mais distante.

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