A vereadora Teca Nelma foi uma das principais defensoras da criação da CEI, destacando a importância histórica da Câmara Municipal de Maceió em relação aos acontecimentos recentes. Ela enfatizou a necessidade urgente de esclarecer as ações da Braskem, que, segundo ela, causaram um “crime irreparável” de forma silenciosa. A vereadora argumentou que a empresa não pode sair impune e que a instalação da CEI seria um passo fundamental para buscar a verdade sobre o papel da Braskem no afundamento dos bairros atingidos.
Além disso, Teca Nelma criticou o acordo indenizatório celebrado entre a Prefeitura e a Braskem, pedindo a revisão do contrato. Ela afirmou que o acordo foi feito de forma irresponsável, sem transparência e sem a participação da população. Segundo a vereadora, a Prefeitura abriu mão de proteger o povo de Maceió e garantiu à Braskem impunidade em troca de uma compensação financeira.
Outro ponto abordado por Teca Nelma foi a proposta de Lei Orçamentária para o ano de 2024, na qual a área de habitação sofreu um corte significativo de quase 60% nos recursos. Ela denunciou que, enquanto a prefeitura destina mais de 33 milhões de reais para comunicação, falta investimento nas políticas sociais voltadas para habitação, o que, segundo ela, evidencia a falta de prioridade do governo municipal diante da crise causada pela mineração da Braskem.
De acordo com o regimento interno da Câmara Municipal, a Comissão Especial de Inquérito precisa de 9 assinaturas para ser instalada na Casa Legislativa. A proposta de instalação da CEI contou com a simpatia de outros vereadores, e a expectativa é que o debate em torno da atuação da Braskem em Maceió ganhe cada vez mais destaque no cenário político local.
