O desembargador Martin Vargas, da 10ª Câmara de Direito Público do TJ-SP, acolheu um recurso apresentado pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP) e pela ativista Amanda Paschoal, alegando que a cerimônia teria características políticas e eleitorais, configurando uma possível promoção pessoal de Michelle e uma campanha antecipada do atual prefeito Ricardo Nunes. Diante disso, o desembargador determinou a multa em caso de descumprimento, autorizando a realização do evento na Câmara dos Vereadores.
O prefeito Nunes foi criticado por partidos da oposição por ceder o Theatro Municipal para o evento, defendendo a escolha do local como um espaço público pertencente ao povo. Ele argumentou que a homenagem à ex-primeira-dama não teria espaço na Câmara Municipal, justificando a decisão de ceder o local.
A aprovação da homenagem à Michelle Bolsonaro pelos vereadores da Câmara Municipal de São Paulo gerou controvérsias, com 37 votos favoráveis e 15 contrários. O título de cidadã paulistana é concedido a pessoas nascidas em outras cidades, conforme o regimento interno da Casa. Cada vereador tem direito a conceder oito honrarias por legislatura, incluindo títulos como a Salva de Prata, a Medalha Anchieta e o Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo.
Com a decisão do vereador Digilio de arcar com os custos do evento, usando recursos obtidos através de um empréstimo bancário, a homenagem à Michelle Bolsonaro segue prevista para acontecer, agora na Câmara dos Vereadores. A polêmica em torno do tema ressalta as divergências políticas e os embates judiciais que marcam o cenário atual da capital paulista.