Essa competição diferente faz parte do Ultimate Tennis Showdown (UTS), um torneio criado em 2020 pelo treinador francês Patrick Mouratoglou, famoso por seu trabalho com Serena Williams. O UTS foi concebido como uma alternativa durante a paralisação do esporte devido à pandemia de Covid-19. Depois de dois anos sem novas edições, o torneio retornou em 2023 com um formato de etapas em diferentes cidades, incluindo uma grande final que aconteceu em Londres neste fim de semana.
O UTS conta com a participação de oito tenistas de destaque, incluindo o dinamarquês Holger Rune, o cazaque Alexander Bublik, e o inglês Jack Draper, bem como os renomados Andrey Rublev e Casper Ruud. Além disso, o torneio chamou a atenção por permitir que os jogadores usem apelidos, como o “Rublo” para Rublev, em referência à moeda russa, e “The ice man” para Ruud.
O formato das etapas do UTS é semelhante ao do ATP Finals, com os oito tenistas divididos em grupos que se enfrentam entre si. No entanto, as regras são bem diferentes, como a definição do ponto do quarto apenas ao final dos oito minutos, e a possibilidade de usar uma carta bônus que contará como três pontos se vencer o próximo ponto.
Além disso, o torneio permite o coaching durante os jogos, com os técnicos orientando os jogadores entre os pontos, desde que seja em inglês. A ideia por trás dessas regras inusitadas é aproximar o público dos jogadores, com ambos utilizando microfones e fones de ouvido para se comunicar com treinadores, torcida e até mesmo com os entrevistadores durante os intervalos.
Os fãs também têm papel ativo no UTS, sendo encorajados a se expressar ao longo de toda a partida, inclusive durante a disputa dos pontos. Com isso, a organização busca criar um ambiente mais dinâmico e interativo para as partidas, com a participação ativa tanto dos jogadores quanto dos espectadores. Este tipo de abordagem pode ser considerado um reflexo da recente tendência de esportes em busca de novas maneiras de envolver e entreter o público.