UFAL – Professores de Universidades Federais firmam parceria para trabalhar em prol do acervo sonoro do Museu Théo Brandão

O Museu Théo Brandão (MTB) recebeu recentemente a visita do professor de Antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Wagner Chaves, e da professora de Museologia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), Elizabete Mendonça. O objetivo dessa visita foi conhecer as coleções do museu e discutir possibilidades de trabalho em prol do acervo sonoro de Théo Brandão, que está sob a guarda do MTB e do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP/IPHAN).

A parceria entre essas instituições pretende identificar, agregar pesquisas e, futuramente, digitalizar e difundir o conhecimento presente no acervo sonoro. Para concretizar essa colaboração, está previsto um termo de cooperação entre as instituições envolvidas.

Além das peças tridimensionais, o acervo do MTB também é composto por fotografias, documentos e registros sonoros deixados por Théo Brandão. No acervo sonoro, há um catálogo que identifica as gravações feitas pelo patrono do museu. A maior parte desse material foi resultado de pesquisas realizadas por Théo Brandão ao longo de sua vida.

O professor Wagner, responsável pelo estudo do acervo sonoro, destaca a importância desse material. Ele coordena atualmente a pesquisa “Os registros sonoros de Théo Brandão: identificação e estudo dos itinerários de uma coleção fonográfica”, financiada pelo CNPq. Segundo ele, as gravações feitas por Théo Brandão, juntamente com os mestres da cultura popular alagoana, configuram um acervo fonográfico valioso e pouco conhecido.

Parte desse material sonoro foi enviado por Théo Brandão ao Centro Nacional de Folclore, no Rio de Janeiro, em 1979. O material foi digitalizado e originou a “Coleção Théo Brandão”. Em 2013, através de uma parceria entre o CNFCP e o MTB, uma cópia dessa coleção foi enviada para o museu alagoano.

Atualmente, o acervo sonoro sob a guarda do MTB é composto por 226 fitas cassetes, 109 fitas rolo e 45 discos de metal. A cooperação entre as instituições visa expandir o trabalho feito até agora. Para isso, será elaborado um termo de cooperação que definirá os objetivos de cada instituição nesse processo.

Durante a visita ao MTB, os professores apresentaram a proposta de trabalho aos servidores do museu e aos gestores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). O professor Wagner ressaltou a importância de comparar o material presente no Museu e no Centro Nacional de Folclore para recompor a coleção sonora.

Os pesquisadores enfatizam a importância de disponibilizar e compartilhar o acervo após o trabalho técnico inicial. A intenção é que essas gravações possam ser ouvidas e reverberem em múltiplas direções, aproximando o museu e suas coleções da sociedade. Os professores destacam a necessidade de repensar os museus como espaços políticos e de representação, buscando a participação dos mestres da cultura popular nesse processo. Eles defendem a ideia de uma documentação participativa, objetivando a construção de um saber mais plural e a cogestão da informação.

Em resumo, a visita do professor Wagner Chaves e da professora Elizabete Mendonça ao Museu Théo Brandão teve como objetivo principal fortalecer a parceria entre as instituições envolvidas e discutir formas de identificar, pesquisar, digitalizar e difundir o acervo sonoro de Théo Brandão. O trabalho conjunto visa não somente recuperar e preservar esse material, mas também torná-lo acessível à sociedade e favorecer a participação dos mestres da cultura popular alagoana nesse processo.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!




Botão Voltar ao topo