UFAL – Neabi analisa autodeclarações de candidatos de cotas na Ufal e aprova mais de mil estudantes em primeira etapa do Sisu

Em uma parceria entre a Comissão Permanente do Vestibular (Copeve) e a Pró-reitoria de Graduação (Prograd), o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) realizou a análise de 1.187 autodeclarações de candidatos às vagas de cotas para pretos, pardos, indígenas e quilombolas nos cursos de graduação da instituição. Essa análise ocorreu na primeira etapa do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) deste ano e resultou na aprovação de 1.056 candidatos, incluindo 68 quilombolas e 23 indígenas.

O coordenador do Neabi da Ufal, Danilo Marques, destacou a importância das bancas de heteroidentificação como uma ferramenta fundamental para a efetivação da política de cotas. Segundo ele, esse processo tem contribuído significativamente para o aumento da representatividade de estudantes negros, quilombolas e indígenas na Universidade. As bancas de heteroidentificação avaliam não apenas a cor da pele, mas também o conjunto fenotípico e os traços característicos de pessoas negras.

Desde 2018, a Ufal implementou as bancas de heteroidentificação com o objetivo de reduzir possíveis fraudes nas vagas reservadas para pessoas pretas nos cursos de graduação e pós-graduação. A professora Marli Araújo, coordenadora do Neabi de Arapiraca, ressaltou a importância dessas bancas no processo de implementação das políticas de acesso à Universidade, que buscam reconhecer e legitimar a luta histórica das pessoas negras por inserção nos direitos sociais brasileiros.

A Universidade Federal de Alagoas aderiu ao sistema de política de cotas para estudantes negros em 2003, com a implementação do Programa de Ações Afirmativas (Paaf). Desde então, a Ufal destinou uma porcentagem de vagas para cotas, sendo uma das primeiras instituições do país a adotar essa medida. Atualmente, as cotas abrangem não apenas pessoas pretas, mas também quilombolas, indígenas, PCDs e pessoas em situação de vulnerabilidade social.

O estudante Ana Miranda, do curso de História, fruto da implementação da Lei de Cotas na Universidade, destaca a importância das bancas de heteroidentificação e oferece dicas para os candidatos que passarão por esse processo no futuro. As bancas continuarão a ocorrer nas próximas chamadas do Sisu, e os interessados podem acessar o edital e verificar as convocações através do site da Copeve.

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