UFAL – Conselho Universitário da Ufal aprova moção de apoio à comunidade Kalankó e denuncia ameaças por posseiros ilegais.

O Conselho Universitário (Consuni) da Universidade Federal de Alagoas aprovou, por unanimidade, uma moção de apoio à comunidade Kalankó, localizada em Água Branca-AL. A decisão também demonstra solidariedade ao grupo de trabalho instituído pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai-AL), que denunciou estar sendo ameaçado de morte por posseiros ilegais da região.

Durante a reunião ordinária, realizada nesta terça-feira (5), os conselheiros solicitaram ao Ministério Público Federal, à Superintendência da Polícia Federal e à Secretaria Estadual de Segurança Pública e Alagoas que tomem medidas para garantir a paz social e a segurança na região. Além disso, o pedido também inclui a proteção das atividades relacionadas ao processo de delimitação de terras indígenas.

A moção foi construída levando em consideração o importante papel social das universidades públicas brasileiras, bem como a iniciativa da Ufal em formalizar um pacto de ações em defesa das comunidades indígenas do estado. Nesse sentido, a universidade tem trabalhado em conjunto com a Funai – regional Nordeste 1, a Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), o Distrito Sanitário Especial Indígena (Disei) e a Secretaria Estadual de Educação de Alagoas.

Os conselheiros também levaram em conta o atual clima de tensão e insegurança vivenciado pela comunidade Kalankó, localizada no Sertão alagoano, devido ao processo de delimitação do território indígena coordenado pelo grupo de trabalho da Funai.

Durante a reunião, presidida pelo reitor Josealdo Tonholo, estiveram presentes o coordenador regional da Funai, Cícero Albuquerque, e seu assessor Rômulo Santos. Cícero ressaltou a importância da retomada do processo de delimitação das terras indígenas dos Kalankó e mencionou as ameaças enfrentadas tanto pelo grupo de trabalho quanto pela liderança da comunidade.

Diversos conselheiros, como Amauri Barros, pró-reitor de Graduação; Cezar Nonato, pró-reitor de Extensão; Luciana Santana, diretora do Instituto de Ciências Sociais; e Thiago Trindade, diretor-geral do Campus do Sertão, prestaram solidariedade ao coordenador e sua equipe, assim como à comunidade Kalankó.

Além da moção aprovada pelo Consuni, Rômulo Santos também registrou as notas de solidariedade emitidas pelo Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi) da Ufal e pela Associação Brasileira de Psicologia Social (Abrapso).

Os interessados podem assistir à sessão do Consuni disponível no Youtube e consultar a moção e a nota da Abrapso nos anexos abaixo.

Esta ação do Consuni demonstra o compromisso da universidade em defender a paz social e a segurança das comunidades indígenas, bem como seu engajamento na luta pelos direitos dos povos tradicionais. A manifestação de solidariedade é fundamental para fortalecer os movimentos sociais e pressionar as autoridades competentes a agirem em prol dessas comunidades.

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