Segundo o Ministério da Energia ucraniano, uma usina termelétrica na zona da linha de frente foi atacada e duas de suas unidades de energia pararam de funcionar, resultando em uma falta temporária de eletricidade na rede. As autoridades não divulgaram qual usina foi afetada, mas pediram aos consumidores para apoiarem os engenheiros de energia consumindo eletricidade de forma razoável e econômica, especialmente durante os horários de pico de carga.
O primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmygal, explicou que as temperaturas mais baixas, os reparos de emergência e a falta de energia solar também contribuíram para a escassez de eletricidade. Ele pediu à população que reduza o consumo de eletricidade, especialmente das 9h00 às 19h00.
Além disso, Kiev tem pedido aos países ocidentais que reforcem seus sistemas de defesa aérea para se defenderem de ataques que deixaram milhões de pessoas na ignorância no ano passado. O país alertou que não conseguiria produzir energia suficiente para satisfazer a demanda de aquecimento e teve que depender dos países vizinhos da União Europeia para importações de eletricidade.
A crise energética na Ucrânia ocorre em meio a uma batalha política nos Estados Unidos, onde os senadores não aprovaram bilhões de dólares em ajuda de emergência para o país. A Casa Branca havia solicitado cerca de 60 bilhões de dólares adicionais para ajudar a Ucrânia a manter a pressão sobre a Rússia durante o inverno, mas a medida foi rejeitada devido a uma disputa de imigração. O apoio do Ocidente a Kiev tem sido criticado pelo Kremlin, que saudou a medida dos EUA.
Apesar das dificuldades, a Ucrânia continua sua luta contra a Rússia, com o presidente Volodymyr Zelensky alertando os líderes do G7 que Moscou aumentou a pressão nas linhas de frente. Ele enfatizou que a Rússia espera que o mundo livre entre em colapso no próximo ano, uma situação que ele e seu governo estão tentando evitar a todo custo.
