Trump usa argumento incomum para convencer eleitores a apoiá-lo nas prévias do Partido Republicano visando vingança contra inimigos.

 

Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, lançou mão de um discurso incendiário para convencer seus apoiadores a votarem nele nas prévias do Partido Republicano, que começaram nesta segunda-feira. Durante um comício em Indianola, Iowa, Trump apelou para o sentimento de vingança de seus eleitores, prometendo uma “vitória definitiva sobre todos os mentirosos, trapaceiros, bandidos, pervertidos, vigaristas, anormais e cretinos” que, segundo ele, tentaram suprimir a voz de seus seguidores.

Em um momento curioso, Trump pediu aos eleitores afetados pela onda de frio, que levou a temperaturas de -30ºC em alguns lugares, para não deixarem de votar. Mesmo que alguém esteja “muito doente”, ele argumentou, o voto valeria a pena – mesmo que a pessoa “vote e depois morra”.

A estratégia parece estar dando resultado, já que Trump tem conseguido adesões importantes no partido. O governador de Dakota do Norte, Doug Burgum, e o senador da Flórida, Marco Rubio, decidiram apoiar a candidatura de Trump, deixando para trás outros nomes influentes no partido, como Ron DeSantis e Nikki Haley.

No entanto, Trump enfrenta também desafios legais. Além de acusações de negligência na posse de documentos ultrassecretos e interferência eleitoral, ele e seus filhos estão sendo julgados por fraude corporativa. A Justiça também deu ganho de causa a uma jornalista em um caso de difamação contra o ex-presidente, que terá que pagar uma indenização de US$ 5 milhões.

As próximas prévias do Partido Republicano serão realizadas em New Hampshire, no dia 23 de fevereiro, e o processo para escolha dos candidatos termina em junho, com as convenções partidárias marcadas para julho e agosto. Apesar dos desafios legais, Trump aparece como favorito para obter a indicação do partido e concorrer novamente à presidência dos Estados Unidos, possivelmente contra Joe Biden, que buscará a reeleição.

Assim, a liderança de Trump no Partido Republicano, aliada a seus desafios legais, aponta para uma eleição presidencial acirrada e controversa nos Estados Unidos. A continuidade ou não da sua candidatura dependerá do desenrolar dos processos judiciais e da reação do eleitorado.

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