O relato da turista Karlla Araújo, que filmou o momento do acidente, é arrepiante. Ela descreveu o choque que sentiu em sua mão e, logo em seguida, o desespero ao saber que o guia havia morrido. Seu marido, Paulo Eduardo Santos, também descreveu sensações estranhas e um barulho de energia antes da descarga elétrica.
Segundo especialistas ouvidos pelo programa Fantástico, antes de um raio atingir um local, forma-se um campo magnético, o que pode causar sensações como formigamento e arrepios nos cabelos. Estatísticas mostram que, de 2013 a 2022, pelo menos 835 pessoas perderam a vida no Brasil devido a raios, com uma média de 83,5 mortes por ano.
O Brasil é campeão mundial em incidência de raios, com cerca de 78 milhões de descargas anuais, de acordo com estudo do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Esse número é o dobro do registrado na República Democrática do Congo e o triplo do número de mortes nos Estados Unidos, os dois países com mais raios depois do Brasil.
A morte de Leilson Souza foi um duro golpe para a sua família. Seu irmão, Leandro Barros, que também estava presente no momento da tragédia, descreveu Leilson como um apoio fundamental para a família e um guia experiente e querido. Ele também relatou o momento doloroso em que constatou a morte do irmão e a tentativa de buscar ajuda para retirar o corpo do local.
Em meio a essa tragédia, fica o alerta para a importância de se tomar precauções em situações de tempestades elétricas, especialmente em locais como o Rio de Janeiro, conhecido pelas descargas atmosféricas frequentes. Medidas de segurança e conscientização sobre os perigos dos raios são fundamentais para evitar novas tragédias como essa.
