TJ-SP mantém condenação de manifestantes que protestaram em frente ao prédio de ministro do STF em SP.

No último dia, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiu manter a condenação de dois homens que participaram de um protesto em frente ao prédio do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na capital paulista, em maio de 2020. Os desembargadores da Turma Recursal Criminal negaram o pedido da Defensoria Pública para reverter a sentença de primeira instância e mantiveram a pena de 19 dias de prisão em regime semiaberto.

De acordo com o juiz Waldir Calciolari, relator do caso, a sentença foi exaustivamente analisada e as provas colhidas indicaram claramente a ocorrência da contravenção descrita na denúncia. Os réus, o engenheiro Antonio Carlos Bronzeri e o autônomo Jurandir Alencar, foram condenados por perturbação de sossego. Ambos chegaram a ser presos e passaram 49 dias detidos preventivamente.

O protesto aconteceu em maio de 2020, em pleno auge da pandemia, no bairro de Pinheiros, zona oeste de São Paulo. Durante a manifestação, os manifestantes usaram uma caixa de som para proferir ofensas e ameaças ao ministro Moraes, chamando-o de “canalha”, “pilantra”, “comunista”, “vagabundo”, “traidor” e “advogado do PCC”. Segundo relatos dos policiais militares que atenderam a ocorrência, também houve ameaças diretas ao ministro.

Em depoimento, o ministro afirmou ter sido ameaçado e que teve que reforçar a segurança após o incidente. Além disso, relatou que as hostilidades e ameaças se estenderam à sua família e aos vizinhos. O recurso dos manifestantes foi analisado no plenário virtual do Tribunal de Justiça e concluído nesta segunda-feira (22).

Os magistrados concluíram que a palavra da vítima, das testemunhas e os laudos juntados aos autos são mais do que suficientes para incriminar os réus, devido à perturbação causada aos moradores do condomínio de residência da vítima e adjacências.

A reportagem entrou em contato com a Defensoria Pública, que representa os manifestantes, mas até a publicação deste texto, não obteve resposta. O espaço permanece aberto para manifestação.

A decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo reforça a importância de respeitar os limites da liberdade de expressão e manifestação, sem infringir a lei ou ameaçar a integridade física e moral de outras pessoas. A condenação dos manifestantes servirá como um alerta para que atos de protesto e manifestação sejam conduzidos de forma pacífica e respeitosa, sem violar os direitos de terceiros.

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