Tensão na fronteira: Disputa entre Venezuela e Guiana pelo Essequibo eleva expectativas de liderança regional para o Brasil.

A tensão entre Venezuela e Guiana pela disputa do território do Essequibo na região amazônica está em um nível preocupante, o que tem levado o Brasil a se posicionar como líder regional para desescalar o conflito. De acordo com Mariano de Alba, assessor sênior do CrisisGroup, os demais países sul-americanos esperam que o Brasil exerça essa liderança e tome a frente das conversas diplomáticas.

O Palácio do Planalto e o Itamaraty têm agido para acalmar os ânimos na região, com o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Celso Amorim, fazendo uma viagem para Caracas e um contingente adicional de 60 militares sendo enviado para a tríplice fronteira. Além disso, está prevista uma reunião entre o presidente brasileiro e o presidente da Guiana para discutir a situação.

Embora haja preocupações com a possibilidade de um conflito armado na região, o analista Mariano de Alba considera essa situação como “menos provável”. Ele afirma que a expectativa regional não é que o Brasil intervenha militarmente, mas sim que atue diplomaticamente para desescalar o conflito.

Além disso, o analista aponta que a vitória do ‘sim’ no referendo que será realizado na Venezuela sobre a anexação do Essequibo é dada como certa. Ele acredita que o governo de Maduro tem interesse em manter a retórica estridente, enquanto a Guiana busca fortalecer a cooperação militar com outros países e aumentar sua popularidade interna.

No entanto, a decisão da Corte Internacional de Justiça, em Haia, que determinou que nenhum dos lados do conflito tomasse ações para escalar ainda mais as tensões, não parece ter um efeito prático aparente. A expectativa é que os dois países se abstenham de qualquer ação que agrave a disputa, mas o referendo deve ocorrer independentemente disso.

Em suma, a disputa pelo território do Essequibo está levando a região amazônica a um nível de tensão preocupante, e o Brasil está sendo pressionado a exercer sua liderança regional para buscar uma solução diplomática e desescalar o conflito entre Venezuela e Guiana.

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