SouthRock recorrerá da negação do pedido de recuperação judicial e busca administrador judicial para avaliar documentação.

A empresa SouthRock teve seu pedido de recuperação judicial negado pelo juiz Leonardo Fernandes dos Santos, da 1ª Vara de Falências de São Paulo. No entanto, a empresa informou que irá recorrer da decisão. O escritório Thomaz Bastos, Waisberg, Kurzweil, que representa a SouthRock, também confirmou que entrará com recurso contra a negativa.

Em comunicado oficial, a SouthRock confirmou a negativa para as liminares pedidas na petição de recuperação judicial e afirmou que irá recorrer da decisão inicial. O juiz solicitou a nomeação de um administrador judicial para realizar uma perícia na documentação apresentada.

O advogado Renato Scardoa, sócio do S.DS Scardoa e Del Sole Advogados e especialista em reestruturações empresariais, comentou sobre o pedido do juiz de realizar uma perícia prévia na documentação. Segundo ele, esse pedido tem se tornado comum nessas situações. Ele ainda enfatizou que a tendência é que a justiça acate o pedido da SouthRock, levando em consideração os impactos que uma quebra da empresa pode causar em toda a cadeia de fornecedores e empregados. Para o advogado, a recuperação judicial parece ser a solução mais razoável.

Outro ponto abordado por Scardoa diz respeito à perda do direito de operar a marca Starbucks no Brasil. O advogado acredita que será difícil encontrar alguém para operar a rede de cafeterias no país caso a SouthRock não consiga reverter essa situação. Portanto, a expectativa é que essa questão também seja resolvida caso a recuperação judicial seja aceita.

A SouthRock apresentou seu pedido de recuperação judicial na última terça-feira, declarando um endividamento de R$ 1,8 bilhões. A empresa tomou essa decisão após ser notificada de que a Starbucks nos EUA estava rescindindo o contrato de licenciamento devido ao descumprimento das cláusulas contratuais. É importante ressaltar que a SouthRock é responsável por 187 lojas próprias com a marca Starbucks no Brasil, além de ser dona da operação brasileira da rede Subway e do Eataly.

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