Só queria assustar, diz acusada de matar manicure em Campo Grande

Gabriela e Emily são acusadas de matar a manicure Jeniffer Nayara. O júri popular das acusadas é realizado nesta quarta-feira (29).

Gabriela Antunes Santos, que está sendo julgada nesta quarta-feira (29) pela morte de Jeniffer Nayara Guilhermete de Morais, de 22 anos, em Campo Grande, disse durante o julgamento que não queria matar a vítima. O corpo foi encontrado em uma cachoeira da capital sul-mato-grossense no dia 16 de janeiro de 2016. Um dia antes ela foi baleada e caiu no local.

“Eu queria que ela pedisse desculpa. Só queria assustar. Levei ela ao precipício e ela me chamou de corna. Eu atirei para um lado ela deu risada, atirei para o outro lado ela deu risada de novo, daí na hora que ela olhou pra trás eu dei um tiro bem na cara dela, só pegou no rosto porque ela olhou”, contou Gabriela ao júri popular.

“Eu vi mensagem dela combinando de ir pra um motel com o meu ex-marido, que agora está preso por tráfico. Eu liguei pra ela e disse que tinha descoberto tudo e combinamos de nos encontrar, eu fui com ela até o inferninho. Foi a primeira vez que eu fui lá, eu não conhecia o lugar. Ela que me chamou para conversar. A gente usou maconha dentro do carro, antes de eu cometer o delito”.

Outra acusada do crime é Emilly Karoliny Leite. Ela também afirmou que a intenção era assustar Jeniffer, que trabalhava como manicure. “A Gabriela só queria dar um susto, mas a Jeniffer não pedia perdão. Eu só vi a arma no meio do caminho, mas já não tinha o que fazer. Eu estava drogada, a gente tinha fumado maconha. Elas discutiram muito. Eu ouvi dois tiros, quando escutei o terceiro, a Jeniffer já estava caída no chão”, disse.

Protesto
A família de Jeniffer levou cartazes para a entrada do Tribunal do Júri. “Esperamos justiça, as duas têm que pagar. Elas estão inventando um monte de história. Minha neta não era nada disso que elas estão falando, ela era uma pessoa boa, alegre. Ainda sinto muita falta, muita saudade. Minha neta era muito amorosa, ela ia na minha casa todos os dias”, disse Zilda Maria Vieira Guilhermete.

As duas acusadas confessaram o crime e estão presas. Elas respondem pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe e por recurso que dificultou a defesa da vítima. Gabriela responde ainda por posse de munições.

Aos jurados, a mãe de Jeniffer disse: “eu tenho uma netinha dois anos e nove meses e todo dia ela chora e pergunta: ‘vovó a minha mãe não vai voltar, ela não vai me buscar?'”

Crime
A manicure estava trabalhando quando Emily ligou e marcou um encontro a pedido de Gabriela. Elas passaram na casa da cliente de Jennifer, a pegaram e seguiram para o local conhecido como Inferninho. No carro estava ainda uma adolescente.

Conforme a sentença de pronúncia, Gabriela pegou uma arma de fogo e obrigou Jennifer a caminhar em direção ao penhasco. Ela atirou, a manicure foi atingida e caiu na cachoeira.

De acordo com a polícia, durante o trajeto do local de trabalho de Jeniffer até a cachoeira todas as mulheres fumaram maconha, inclusive a vítima.

O crime teria sido motivado por vingança. A manicure teria tido um relacionamento amoroso com o marido de Gabriela. O homem não tem envolvimento com o crime.

g1

29/03/2017

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