Situação de Carlos Bolsonaro, o Carluxo cada vez mais complicada

Tido pelo próprio presidente como fundamental em sua eleição, o vereador pelo Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, o Carluxo cada vez mais vê sua vida se complicar. Ele atualmente está sendo falado em duas frentes de investigação. A primeira é a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do genocídio aberta no Senado e a segunda é a suposta interferência do filho zero dois na intricada compra pelo governo brasileiro de uma super ferramenta de espionagem. Trata-se do programa de espionagem Pegasus, desenvolvido pela empresa israelense NSO Group, ofertado ao governo pela bagatela de R$ 25,4 milhões.

Segundo matéria do portal Uol, Carluxo estaria interferindo nas negociações, o que tem irritado profundamente o alto comando militar. O Pegasus já foi usado para espionar celulares e computadores de jornalistas e críticos de governos ao redor do mundo. Em junho de 2017, por exemplo, o jornal The New York Times revelou que o software estava sendo usado pelo governo do México, ainda sob a gestão de Enrique Peña Nieto, para espionar ativistas contrários à sua gestão. Segundo informações do veículo norte-americano, o governo daquele país chegou a gastar cerca de US$ 80 milhões para o uso da ferramenta desde 2011.

Carlos Bolsonaro, apelidado pelo pai de pitbull devido a sua reação agressiva contra adversários, tem se notabilizado como figura por trás de um grande esquema de produção em série de notícias falsas, as fake news, fundamentais durante a campanha eleitoral. Carluxo é apontado por muitos como a mente por trás da concepção do chamado ‘gabinete do ódio’, organização responsável pelo poderio bélico do clã Bolsonaro nas redes sociais e internet como um todo.

O trabalho do vereador nesta área de contrainformação é tido como fundamental para manter unidos grupos de bolsonaristas em todo o país, alimentados de notícias falsas ou distorcidas pelo WhatsApp e outras plataformas virtuais.

Carlos é acusado pelos próprios membros do governo do pai de tentar construir uma estrutura paralela de espionagem tendo como base a Polícia Federal e o Ministério da Justiça, deixando de lado a Agência Brasileira de Inteligência, atualmente comandada pelo general Augusto Heleno.

Nitidamente, segundo reportagens divulgadas na imprensa, Carluxo busca criar uma superestrutura paralela dentro do governo para possivelmente espionar adversários e, com isso, conseguir interferir em ações políticas com maior eficácia, muitas vezes usando as informações colhidas para pressionar aliados e adversários.

CPI do genocídio

Na CPI que apura responsabilidades sobre as milhares de mortes pela Covid-19 no Brasil, Carlos Bolsonaro cada vez mais aparece como um elemento que pode ser investigado pelos senadores. Ele já foi citado várias vezes por depoentes, que o apontam como participante de algumas reuniões sobre a pandemia, mesmo não sendo membro do governo, nem tendo qualquer mandato em nível federal.

É possível que a CPI convoque o vereador para explicar sua participação nestas reuniões governamentais, algumas responsáveis pela contratação milionárias de vacinas contra a Covid-19.

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