Setor de eventos e parlamentares querem apuração de fraudes no Programa Emergencial de Retomada, mas defendem continuidade do benefício.

Representantes do setor de eventos e parlamentares estão em defesa do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), mesmo diante das supostas fraudes que estão sendo investigadas. Em uma coletiva realizada nesta terça-feira, eles enfatizaram a importância de apurar as irregularidades sem interromper os benefícios concedidos pelo programa. Além disso, argumentaram que o setor deve participar ativamente de qualquer reformulação no projeto.

O presidente da Associação Brasileira das Produtoras de Eventos (Abrape), Doreni Caramori, ressaltou que o programa foi construído em conjunto por diversas entidades do setor em um momento crítico. Ele afirmou que embora o programa precise evoluir, é essencial que qualquer alteração seja embasada em fatos concretos. Caramori enfatizou a disposição do setor em avançar, desde que as mudanças sejam embasadas em dados reais, que só o Ministério da Fazenda possui.

A Medida Provisória que previa a revogação do programa tem enfrentado resistência no Congresso Nacional. O presidente da Abrape lembrou que o Perse tem um prazo de validade de cinco anos, e que as empresas do setor de eventos contam com o benefício para se recuperar no período pós-pandemia. Ele reiterou que o setor está preparado para viver sem o programa após a recuperação de suas perdas.

Diante das preocupações do setor, parlamentares como os deputados Felipe Carreras e Renata Abreu, juntamente com a senadora Daniella Ribeiro, buscaram agendar um encontro com o ministro da Fazenda para discutir as acusações de fraudes e propor alternativas que permitam a continuidade do programa. No entanto, a reunião foi inicialmente agendada para esta quarta-feira, mas acabou sendo desmarcada.

Felipe Carreras, autor do projeto de lei que deu origem ao programa, destacou a importância de esclarecer as acusações de lavagem de dinheiro e, se comprovadas, de punir os responsáveis. Ele enfatizou que a responsabilidade não é do setor, e que estão em busca de diálogo com o governo para encontrar soluções que garantam a continuidade do programa.

No centro do debate está a necessidade de combater as fraudes e assegurar a continuidade do Perse, que se revelou fundamental para a recuperação do setor de eventos. A espera agora é pela reunião com o ministro da Fazenda, e a expectativa é de que um diálogo produtivo entre o setor, os parlamentares e o governo possa encontrar soluções para o impasse, garantindo a continuidade do programa.

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