“É um cargo que nunca exerci e que eu gostaria de ver a pluralidade brasileira, conhecer mais o Brasil profundamente. Com mais de 500 deputados federais, você vai entender mais o Brasil e defender o Rio de Janeiro”, afirmou o ex-governador, ressaltando que isso só seria possível “caso eu possa e a Justiça me permita”.
Sérgio Cabral, que passou pouco mais de seis anos na prisão em decorrência de condenações relacionadas à Operação Lava-Jato, deixou a unidade prisional em dezembro de 2022, após mais de 2.000 dias atrás das grades. Inicialmente, ele cumpriu prisão domiciliar em um apartamento em Copacabana, com uma vista privilegiada para a praia. No entanto, em fevereiro deste ano, a prisão domiciliar também foi revogada, sendo mantida apenas a tornozeleira eletrônica.
Ao longo de sua trajetória política, Cabral ocupou diversos cargos, incluindo o de senador pelo Rio de Janeiro e deputado estadual por três mandatos consecutivos, além de ter sido presidente da Assembleia Legislativa por parte desse período. Durante seu depoimento na 7ª Vara Federal Criminal do Rio, em 2019, ele reconheceu seus erros e afirmou que seu envolvimento em corrupção foi resultado de um “erro de postura, apego a poder, dinheiro… É um vício”.
Com 24 condenações, a maior parte por corrupção, a pena total de Sérgio Cabral ultrapassa os 400 anos de prisão. Sua intenção de retornar à política causou grande repercussão, especialmente devido ao seu histórico no cargo de governador e aos escândalos de corrupção revelados durante seu mandato. Sua possível candidatura a deputado federal certamente gerará debates e controvérsias nos próximos anos.
