Senadores da CPI da Pandemia buscam apoio do novo PGR para desarquivar pedidos de indiciamento contra Bolsonaro e ex-ministros da Saúde

No último encontro dos senadores que compuseram a CPI da Pandemia em 2021, foi discutida a necessidade de reabertura dos pedidos de indiciamento contra figuras importantes do cenário político e empresarial do Brasil. Entre os citados estão o ex-presidente Jair Bolsonaro, os ex-ministros da Saúde Eduardo Pazuello e Marcelo Queiroga, além de parlamentares e empresários. Os senadores se reuniram com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitando que os pedidos de indiciamento fossem reconsiderados, já que o PGR anterior, Augusto Aras, havia recusado tais solicitações.

Randolfe Rodrigues, senador pelo Amapá e um dos participantes ativos da CPI, relatou que Gonet demonstrou interesse em analisar as conclusões obtidas após seis meses de investigações realizadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito. Segundo ele, esse reconhecimento por parte do procurador-geral é crucial para garantir que não haja impunidade diante dos acontecimentos que resultaram na morte de mais de 700 mil brasileiros durante a pandemia.

No entanto, algumas críticas foram levantadas em relação a esse movimento dos senadores. O senador Marcos Rogério, que também fez parte da CPI da Pandemia, questionou a atitude de seus colegas, destacando que Augusto Aras já havia arquivado os pedidos de indiciamento anteriormente, com base na falta de provas consistentes. Para ele, reviver essas discussões apenas serve para manter um debate político que carece de sustentação factual.

Dos onze pedidos de ação penal apresentados, apenas um está em andamento na Justiça Federal do Amazonas, após a recusa de dez deles por parte de Augusto Aras. O relatório final da CPI da Pandemia, elaborado pelo senador Renan Calheiros, foi aprovado após seis meses de intensas investigações, contendo mais de mil páginas com pedidos de indiciamentos e sugestões de projetos de lei. A questão sobre o desarquivamento desses pedidos continuará gerando debates e reflexões entre autoridades e a população brasileira.

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