Girão destacou a “perplexidade nacional” diante da confirmação de reuniões entre Luciane Barbosa de Farias, esposa de Clemilson dos Santos Farias, apontado como líder do Comando Vermelho no Amazonas, e autoridades do ministério. Ele ainda apontou que Luciane se reuniu com dois secretários e diretores do Ministério da Justiça e Segurança Pública em um período de três meses, e lamentou a falta de registro desses encontros nas agendas oficiais do governo.
O senador denunciou o pagamento de passagens aéreas e diárias de hotel com dinheiro público para que Luciane participasse de um evento organizado pelo Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura. Além disso, mencionou que investigações realizadas pela Polícia Civil do Amazonas apontam que a ONG Instituto Liberdade do Amazonas, criada por Luciene em 2022, “é apenas uma fachada para a facção Comando Vermelho ganhar capital político”, de acordo com matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo.
O senador também fez menção ao posicionamento do ministro Silvio Almeida a respeito da legalização das drogas, que, segundo ele, vai contra o que o presidente Lula prometeu durante a campanha. De acordo com Girão, o ministro se declarou a favor da legalização das drogas como medida para diminuir a população carcerária, o que vai contra a postura manifestada pelo presidente na carta aos cristãos durante a campanha.
Esse pronunciamento de Girão é parte de um embate político em torno do governo e do ministro Silvio Almeida, e é mais um capítulo da disputa pela opinião pública e pela narrativa sobre a atuação do governo Lula. Independentemente do desdobramento dessas denúncias, elas colocam em xeque a conduta do ministro e a transparência de suas ações, e levantam questões importantes sobre possíveis desvios de conduta e mau uso de recursos públicos. Portanto, é indispensável que a PGR e demais órgãos competentes investiguem minuciosamente essas acusações para esclarecer os fatos e tomar as devidas providências, caso necessário.