Senador Rogério Carvalho, relator da CPI da Braskem, busca transparência ao esclarecer eventos em Alagoas sem prejudicar reputações.

O senador Rogério Carvalho (PT-SE) está à frente da relatoria da CPI da Braskem, que tem como objetivo esclarecer os eventos relacionados à empresa em Alagoas. Em entrevista à imprensa, Carvalho enfatizou que a intenção da investigação não é manchar a reputação da empresa, mas garantir que as companhias operem de maneira transparente em todas as áreas.

Carvalho rejeitou qualquer insinuação de que possa vir a ser influenciado durante os trabalhos da comissão, deixando claro que eventuais processos serão de responsabilidade do Ministério Público e do Judiciário. Para o senador, a missão da CPI é explicar para a sociedade e apontar responsabilidades, não prejudicar indivíduos ou entidades.

A escolha de Carvalho para a relatoria gerou atritos com o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que conseguiu as assinaturas necessárias para a abertura da CPI mesmo com a oposição do governo. Calheiros acusou “mãos ocultas” de tentarem interferir nos trabalhos da comissão e se recusou a participar de “simulacros investigatórios”.

Apesar de não ter citado nomes, nos bastidores especula-se que as críticas de Calheiros possam estar direcionadas ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e ao líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA). Wagner expressou preocupação com a situação da Braskem, ressaltando a importância do setor petroquímico.

Carvalho negou qualquer influência do governo na escolha da relatoria e garantiu que todas as questões levantadas por Calheiros serão respondidas ao final da investigação. O senador também descartou qualquer insinuação de chantagem, relembrando a atuação de Calheiros como relator na CPI da Covid de 2021.

O senador se comprometeu a conduzir a CPI de forma imparcial, buscando esclarecer os acontecimentos em Alagoas. Ele prometeu ouvir representantes da Braskem, empresas envolvidas na exploração de sal-gema na região e o ministro de Minas e Energia.

Sobre a convocação de autoridades como o ministro dos Transportes e ex-governador Renan Filho, e o prefeito de Maceió, JHC, Carvalho afirmou que os depoimentos serão determinados pelo andamento das investigações. O objetivo da CPI, segundo o senador, é promover um debate e esclarecer a sociedade sobre os eventos em questão.

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