Durante a apresentação do plano de trabalho da CPI nesta terça-feira, Carvalho destacou as cláusulas dos acordos de indenização que, segundo ele, colocam os residentes em desvantagem e favorecem a Braskem. O senador denunciou que tais cláusulas, incluindo a de confidencialidade, não apenas protegem a empresa de futuras responsabilidades legais, mas também dificultam a busca por reparação adicional por parte das vítimas do desastre.
O relator ressaltou a importância de investigar não só as responsabilidades diretas da Braskem no incidente, mas também o passivo ambiental e patrimonial resultante, assim como a conduta dos órgãos ambientais responsáveis pela supervisão das atividades de mineração. A criação da CPI foi motivada pelo rompimento da mina n°18 e pelo consequente afundamento de bairros inteiros em Maceió, o que reforça a necessidade de responsabilizar a empresa e rever suas práticas corporativas.
O prazo inicial de 120 dias para a conclusão dos trabalhos da CPI foi estendido até 22 de maio, com a possibilidade de prorrogação, o que evidencia a complexidade e gravidade dos assuntos discutidos. A situação ressalta a luta dos moradores de Maceió por justiça e compensação adequada diante de uma tragédia de grandes proporções, agravada pelas cláusulas desfavoráveis impostas pela Braskem nas negociações de indenização. A população aguarda ansiosamente por respostas e por um desfecho que traga algum alívio para os impactados por esse desastre ambiental.