Dados apresentados por Kajuru revelam que, entre 2019 e 2022, cerca de 5,2 mil pessoas conseguiram novos registros de CAC ou renovaram registros anteriores, mesmo estando envolvidas em processos criminais como tráfico de drogas, homicídio e lesão corporal. O senador chama a atenção para o fato de que quase 3 mil dessas pessoas obtiveram licença do Exército para comprar armas de fogo, mesmo tendo mandados de prisão em aberto.
O relatório do TCU também apontou situações alarmantes, como o fato de 94 pessoas declaradas mortas terem adquirido 16,6 mil munições em 67 processos. Além disso, foi descoberto que mais de 22 mil pessoas cadastradas no sistema de benefícios sociais para a população de baixa renda foram autorizadas pelo Exército a comprar armas e munições de alto valor.
Diante dessas informações, Kajuru alertou para a estimativa de 1,5 milhão de armas em situação irregular no Brasil, o que representa um risco evidente para a população. O senador enfatizou a necessidade de o Exército se estruturar para fiscalizar mais rigorosamente essas aquisições de armas ou, até mesmo, transferir essa atribuição para a Polícia Federal, como sugerido por alguns especialistas.
A abordagem do senador no Plenário levantou debates sobre a segurança pública e a necessidade de aperfeiçoar os mecanismos de controle na compra e posse de armas de fogo no país. A questão se tornou um tema relevante a ser discutido pelas autoridades competentes visando a garantir a segurança da população.
