Girão também destacou que nenhum dos denunciados possuía antecedentes criminais e ressaltou que a decisão do STF parece ter como intenção reprimir mobilizações populares pacíficas. Para o senador, essa postura do Supremo demonstra a falta de democracia no Brasil e o avanço rumo a uma ditadura.
Além disso, o senador fez uma comparação entre as manifestações violentas dos atos de 8 de janeiro e outras mobilizações realizadas em 2006 e 2017, destacando que apenas neste último caso houve prisões e condenações. Essa diferença, segundo ele, evidencia a existência de dois pesos e duas medidas nos julgamentos, com um claro viés ideológico.
Girão criticou também a conduta de alguns ministros do STF durante o julgamento, afirmando que, diante da falta de argumentos para defender suas teses, eles partiram para ataques pessoais aos advogados de defesa do réu, desqualificando-os por um erro na menção a um livro. Para o senador, esses ministros parecem se esquecer da verdadeira essência do problema, que é a destruição da Constituição.
Ele ainda questionou o fato de o julgamento estar ocorrendo no Supremo Tribunal Federal, argumentando que deveria estar ocorrendo na primeira instância, respeitando assim a Constituição do país. Girão atribui essa usurpação de poder ao próprio Senado, que até o momento não deliberou sobre um pedido de impeachment de um dos ministros do STF. Segundo ele, há mais de seis dezenas de pedidos engavetados.
O pronunciamento do senador Eduardo Girão evidencia sua discordância em relação ao julgamento dos primeiros acusados dos atos antidemocráticos e sua preocupação com a defesa da democracia e do Estado de Direito no Brasil. Ele critica a desproporcionalidade da pena aplicada ao réu e aponta uma suposta seletividade nos julgamentos, sugerindo um viés ideológico. O senador também questiona a atuação dos ministros do STF durante o julgamento e o local em que este está acontecendo, defendendo que deveria estar ocorrendo na primeira instância.