Em comparação com outros países, o Brasil se mostra cada vez mais distante daqueles que têm a educação técnica como prioridade. O senador ressaltou que o país tem a quarta pior taxa entre os quase 50 países estudados pela OCDE. Apenas 11% dos alunos brasileiros demonstram interesse em cursar o ensino técnico, enquanto a média nos países membros da OCDE é de 44%, chegando a atingir picos de até 70%, como é o caso da Eslovênia e da Croácia.
Outro ponto destacado pelo senador é a diferença do investimento em educação entre o Brasil e os países membros da OCDE. O gasto médio por aluno, do ensino fundamental ao médio, nos países da OCDE é cerca de US$ 10.510, enquanto no Brasil é de aproximadamente US$ 2.981. Essa discrepância evidencia a necessidade de reformas no sistema educacional brasileiro, com o intuito de promover e valorizar a educação técnica.
Chico Rodrigues defende que o ensino técnico deve ser visto como uma porta de entrada para o mundo do trabalho, e não como uma opção destinada apenas aos mais pobres e desfavorecidos. Ele ressalta que essa modalidade de ensino aumenta as chances de empregabilidade dos jovens e não impede que eles sigam adiante em sua formação profissional.
Diante desse cenário, é urgente que sejam implementadas medidas para incentivar os jovens a optarem pelo ensino técnico. É necessário investir na estruturação e oferta de cursos técnicos, além de promover campanhas de conscientização sobre a importância e as oportunidades que essa modalidade de ensino oferece.
Portanto, a valorização da educação técnica se mostra como uma alternativa viável para combater a desocupação dos jovens brasileiros e proporcionar um futuro mais promissor para essa parcela da população. É preciso que o governo e a sociedade como um todo reconheçam a relevância desse tema e ajam de forma efetiva para transformar a realidade educacional do país.