SENADO FEDERAL – Senado aprova projeto de lei para obrigar laboratórios públicos a produzir princípios ativos contra doenças determinadas socialmente.

Na última terça-feira (16), a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou um projeto de lei que determina que laboratórios farmacêuticos públicos com condições técnicas adequadas sejam obrigados a produzir princípios ativos destinados ao tratamento de doenças determinadas socialmente. De acordo com o relator do projeto, o senador Paulo Paim (PT-RS), o objetivo é garantir o acesso da população a medicamentos essenciais para o combate de doenças negligenciadas, como hanseníase, febre chikungunya, esquistossomose, doença de Chagas, leishmanioses, raiva, hidatidose, escabiose (sarna), micetoma e cromoblastomicose.

O projeto de lei, de autoria da Câmara dos Deputados, modifica a Lei Orgânica da Saúde para estabelecer que os laboratórios públicos devem produzir componentes farmacológicos para o tratamento dessas doenças. A proposta inicial utilizava o termo “doenças negligenciadas”, mas foi alterada para “doenças determinadas socialmente” após uma emenda de redação apresentada pelo senador Jaques Wagner (PT-BA).

Segundo o texto do projeto, os laboratórios que não possuírem condições técnicas para a produção desses princípios ativos poderão firmar acordos e projetos para adaptar suas instalações. Além disso, o poder público poderá estabelecer convênios nacionais e internacionais com laboratórios farmoquímicos para transferir tecnologias de produção para os laboratórios brasileiros.

As despesas para a implementação do projeto serão provenientes do orçamento da Seguridade Social, conforme previsto no Ministério da Saúde. O senador Otto Alencar (PSD-BA) foi responsável por conduzir a votação, que determina que o texto entrará em vigor um ano após a sua publicação como lei.

Essa iniciativa visa garantir o acesso aos medicamentos essenciais para o tratamento das doenças que afetam as populações mais vulneráveis e ressaltar a importância dos laboratórios públicos no combate às doenças negligenciadas. A expectativa é que a proposta seja avaliada pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) antes de seguir para aprovação final.

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