SENADO FEDERAL – Presidente do Senado lidera debate sobre reestruturação das dívidas estaduais em encontro com governadores dos estados mais endividados.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, realizou uma reunião nesta segunda-feira (15) com governadores dos estados mais endividados do país, como Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Goiás. O objetivo do encontro foi debater propostas para a reestruturação das dívidas estaduais, que têm se mostrado cada vez mais impagáveis e impedindo os estados de investirem em infraestrutura.

Após a reunião, Pacheco informou que pretende iniciar o processo legislativo, ainda no mês de abril, para a criação de uma lei complementar que estabeleça um programa real e sustentável para o pagamento efetivo dessas dívidas. Ele destacou que o Ministério da Fazenda já concordou com a redução do indexador que corrige as dívidas atualmente, o que pode aliviar a situação financeira dos estados.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, também comentou sobre o encontro, ressaltando que alguns estados estão engessados devido às altas correções das dívidas com a União, o que inviabiliza qualquer investimento. Caiado destacou a importância de flexibilidade nos cálculos do teto de gastos com investimento e a redução dos indexadores, propondo que o indexador passe a ser calculado com base no IPCA mais 1%, substituindo a correção atual que é pelo IPCA mais 4%.

Pacheco enfatizou que o atual plano de recuperação fiscal não resolve o problema e acaba sacrificando os servidores públicos, especialmente em Minas Gerais, onde o estado precisou vender seus ativos de forma pouco sustentável. Ele mencionou a possibilidade de federalização de empresas estaduais e amortização das dívidas com recebíveis, como créditos de ações judiciais ou créditos de dívida ativa dos estados.

A proposta é que os estados ofereçam contrapartidas para amortizar o valor do principal da dívida ou alongar o vencimento das parcelas, realizando investimentos em áreas como educação, saúde e infraestrutura. Pacheco destacou que essa solução não beneficiaria apenas os estados, mas também o país como um todo, prometendo promover a convergência da União com os estados no âmbito do Congresso Nacional.

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