O líder da oposição, senador Rogério Marinho (PL-RN), enfatizou que a obstrução é um instrumento legítimo e regimental e que a bancada decidiu por esse caminho até que o projeto que veda a exigência de contribuição sindical de membros não sindicalizados seja deliberado. Segundo Marinho, a obstrução visa proteger os interesses de milhões de trabalhadores brasileiros e garantir o direito de escolha em relação às contribuições sindicais.
O relator da matéria, senador Paulo Paim (PT-RS), informou que existe nos bastidores uma mobilização entre empresários, trabalhadores e representantes do governo para buscar um entendimento sobre o projeto. Paim destacou a importância do diálogo e da construção de um consenso entre as partes envolvidas antes de apresentar seu relatório. Ele ressaltou que pretende ouvir todas as partes interessadas e buscar um parecer que atenda aos interesses coletivos.
Apesar do impasse em torno do projeto sobre contribuição assistencial, alguns senadores alertaram para a necessidade de se deliberar sobre outros temas importantes e pediram à oposição que desobstruísse a pauta. O presidente da CAS, Humberto Costa, comunicou o cancelamento de uma audiência pública com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, devido à obstrução, o que gerou preocupação entre os senadores em relação à importância do debate sobre saúde pública no Brasil.
Diante disso, a discussão na Comissão de Assuntos Sociais permaneceu estagnada, com a expectativa de retomada das atividades na semana seguinte e a possibilidade de reconsideração sobre a realização da audiência com a ministra da Saúde. O clima de incerteza e tensão continua a pairar sobre a comissão, enquanto os debates sobre temas relevantes para a sociedade brasileira continuam em espera.