Durante a audiência pública, foi enfatizada a lenta mudança no protagonismo das mulheres negras na sociedade, evidenciando que, embora haja avanços, os desafios ainda persistem. O debate levantou questões relevantes e críticas sobre a situação dessas mulheres, que sofrem com a discriminação e a violência em diferentes esferas, incluindo o ambiente político e de poder.
Foi ressaltado que a violência de gênero e raça é um reflexo de uma estrutura social e histórica de exclusão e preconceito, que impacta diretamente a vida e a segurança das mulheres negras. A falta de representatividade e a invisibilidade dessas mulheres em diversos setores da sociedade contribuem para a perpetuação dessas violências, formando um cenário de desigualdade e vulnerabilidade.
Nesse sentido, a importância de ações e políticas públicas que visem a garantir direitos e promover a equidade de gênero e raça foi ressaltada durante o debate. A necessidade de medidas efetivas para combater a violência e a discriminação, assim como a criação de espaços de diálogo e participação ativa das mulheres negras, foram aspectos destacados como essenciais para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Além disso, a importância de dar voz e visibilidade às demandas e lutas das mulheres negras foi destacada como um passo fundamental para a transformação dessas realidades. A atuação conjunta de diferentes atores sociais, incluindo o poder público, a sociedade civil e as próprias mulheres negras, foi apontada como uma forma de promover mudanças significativas e concretas.
Diante desse cenário, o debate na Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher reforçou a necessidade de enfrentar as violências de gênero e raça, reconhecendo a importância de um olhar atento e comprometido com a promoção da igualdade e o combate ao racismo e à discriminação. A luta das mulheres negras por reconhecimento, justiça e direitos ganha destaque e relevância, sendo um ponto crucial na busca por uma sociedade mais inclusiva e plural.