A oposição, por sua vez, enfatizou que o relatório não apontou a suposta omissão do governo federal e também não procedeu com o indiciamento do atual ministro da Justiça, Flávio Dino, e do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional no governo Lula, General Dias.
A CPMI do 8 de Janeiro foi criada com o objetivo de investigar os acontecimentos relacionados à invasão do Capitólio, em Washington, ocorrida no dia 8 de janeiro deste ano. Desde então, os membros da comissão têm se debruçado sobre depoimentos, documentos e provas envolvendo diversos atores políticos e sociais.
No entanto, a polarização que permeia a política nacional se faz presente na CPMI, gerando debates acalorados e visões divergentes sobre as conclusões apresentadas no relatório. Enquanto os parlamentares da oposição argumentam que o governo federal foi omisso e que o ministro da Justiça Flávio Dino e o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional G.Dias deveriam ser indiciados, outros defendem que tais pontos não foram devidamente comprovados durante os trabalhos da comissão.
O pedido de indiciamento do ex-presidente Bolsonaro, bem como de outras 60 pessoas, representa um capítulo importante no desenrolar dessa investigação. Políticos, militares e empresários estão na lista, o que reforça a abrangência das apurações realizadas até o momento.
O resultado da votação do relatório ainda é incerto, pois depende da adesão dos demais membros da CPMI. É possível que haja intensas discussões e negociações nos bastidores para garantir o apoio necessário. Independentemente do desfecho, é certo que o relatório terá um impacto significativo no cenário político brasileiro, podendo gerar repercussões legais e debates acalorados nos próximos dias.