Ritaumaria defendeu o uso dos recursos provenientes do Fundo Amazônia, destacando que esses recursos são auditados pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A diretora do Imazon ressaltou a importância desses recursos para a realização de pesquisas e projetos que contribuam para a preservação e o desenvolvimento da Amazônia.
No entanto, um dos senadores presentes, Styvenson Valentim (Podemos-RN), questionou a contratação de ex-funcionários para a prestação de serviços à instituição. O senador levantou dúvidas sobre a transparência e a idoneidade dessas contratações. Em resposta, Ritaumaria explicou que essas contratações referem-se a pesquisadores sênior altamente qualificados, que possuem experiência e conhecimento indispensáveis para os estudos realizados pelo Imazon.
Outro senador, Dr. Hiran (PP-RR), manifestou sua preocupação em relação aos altos custos das pesquisas realizadas pelo Imazon e sua falta de impacto social na Amazônia. O senador argumentou que, apesar dos gastos significativos com essas pesquisas, poucas mudanças são observadas no perfil social da região.
Durante a audiência, foram discutidos diversos temas relacionados às atividades do Imazon, como o monitoramento do desmatamento na Amazônia, a elaboração de políticas públicas para a região e a relação da instituição com outras organizações não governamentais.
A CPI das ONGs busca investigar possíveis irregularidades e desvios de recursos públicos por parte de ONGs que atuam na Amazônia. A audiência com a diretora-executiva do Imazon foi mais uma etapa das investigações conduzidas pela comissão, que tem como objetivo esclarecer e trazer transparência para as atividades das organizações nessa região tão importante para o país.
Apesar das discussões acaloradas e das divergências de opiniões, é inegável a relevância do trabalho realizado pelo Imazon na busca por soluções socioambientais para a Amazônia. A instituição tem se destacado por suas pesquisas científicas e propostas que buscam conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação do meio ambiente, mostrando que é possível encontrar alternativas sustentáveis para a região.
A CPI das ONGs continua sua investigação, ouvindo representantes de outras organizações e especialistas na área ambiental. O objetivo é esclarecer eventuais irregularidades e buscar meios de aprimorar a atuação das ONGs na Amazônia, garantindo a transparência e a efetividade dos recursos públicos investidos nessas instituições. A preservação e o desenvolvimento sustentável da Amazônia dependem de um trabalho conjunto entre governo, sociedade civil e organizações comprometidas com o futuro da região.